Fim de Semana Fabulástico!!!


Ora bem, aqui estou de novo, mais palerma do que nunca mas com expectativas de piorar.

Estive fora este fim de semana, estava cansado de uma semana em casa sem fazer nada e fui até ao Algarve.

Meti-me no carro, como queria chegar depressa para usufruir, saí de lisboa em direcção a coimbra, tomei o pequeno almoço eram uma 15 horas e atirei-me de novo á estrada. Levantei-me, entrei no carro e 3 horas depois estava no Porto, entrei noutra autoestrada em direcção a outra autoestrada (sigo o conselho do nosso ministro, que diz para usarmos as autoestradas), dei por mim algures no alentejo, não sei explicar onde estava pois só via autoestrada, mas lá cheguei ao Algarve depois de passar por Huelva e sair da autoestrada.

Avenida do Infante, estrada nacional 125 e Conceição de Tavira aqui estou eu. Tinha feito a Reserva na Quinta do Restinga, fui deixar o meu saco de plástico com uma muda de roupa no quarto, aproveitei e comi uns figos das figueiras da Quinta e fui dar um passeio.

Visitei a Ria Formosa, Consegui ver algumas das aves raras da ria, uma delas tinha pernas até ao pescoço, com um biquini cor de rosa, passeava descalça á beira da ria formosa, elegante, sem ligar a nada do que se passava á volta, e estava eu absorvido pelos meus pensamentos (que por vergonha aqui não vou expor), quando um senhor de alguma idade me abordou e comentou: É bonita não é? Não há muitas por aqui, mas aparecem de vez em quando, estão em extinção.

Conversei com este senhor uns minutos colocando os meus ouvidos á sua disposição, aprendi umas coisas novas, aprendi que no Algarve dormir a folga não é passar o domingo na cama, mas sim passar pelas brasas á tarde, aprendi que aquela beldade, descalça na areia da ria formosa, dava pelo nome de Flamingo e que a ria está inserida numa reserva natural.

Fiquei caladinho, o velhote coitado devia estar chalupa, confundir uma ria com um vinho é de doidos mesmo.

Peguei no carrito e fui até Cacela Velha, não me deixaram entrar na vila de carro, estacionei fora da vila e tive de dar 5 passos para entrar na vila, passeei pelas ruas cheias de gente, de repente fui abordado por um homenzinho com um lençol enrolado na cabeça, devia ser uma pessoa do campo pois deslocava-se numa espécie da cavalo alto e marreco, pediu-me lume e emprestei-lhe o meu isqueiro.

Achei estranho que em Cacela Velha todos os homens andavam de lençol na cabeça, as mulheres andavam de cara tapada, deduzi claro que estava numa aldeia de agricultores e que vestiam assim por causa do calor no campo (já tinha visto parecido no norte de portugal).

Muita sede, entrei num bar onde pedi uma garrafa de água, cruzei com pessoas que trajavam normal como eu, deviam ser forasteiros, troquei umas palavras com o barman, perguntei que plantavam ou semeavam naquela região algarvia pois havia tantas pessoas dedicadas á agricultura e ele respondeu-me que eram as festas da Moura Encantada. Deve ser um tipo de Alfarroba cá da zona, deduzi eu.

O melhor veio depois, mais dois kilometros adiante estava em Manta Rota, com a minha tanga habitual, lá fui pedindo indicações para  chegar á praia, não me respondiam, apenas sorriam, achei que não entendiam o que eu dizia.

Arrisquei por conta própria e fui caminhando, 200 metros depois qual foi o meu espanto, estava com os pés molhados. Levantei a cabeça e vi o mar á minha frente, descalcei os botins encharcados, despi as calças de flanela, tirei a camisola de lã e lá fui eu dar um mergulho. Mergulhei usando de toda a perícia de um nadador, lembrei os anos de prática de natação e após o primeiro mergulho saí da água da praia da Manta Rota pois ao mergulhar bati com a barriga na água e estava mal disposto.

Fiquei ali a ver umas Flamingas passar (belas flamingas nesta zona), até que me deu a fome. Voltei ao apartamento da Quinta do Restinga e fui comer a latinha de atum que tinha dentro do meu saco de plástico, apanhei mais um figuitos, comi duas alfarrobas de sobremesa e fui-me deitar.

Estava radiante, feliz, os pensamentos e as imagens de tudo que vi nesse dia percorriam a minha mente, invadiam o meu coração, lembrei as 23 autoestradas que percorri até chegar ali, lembrei os agricultores de Cacela Velha, Imaginei-me a passear com A Flamingo da Ria Formosa á beira ria de asa e mão dadas e assim adormeci.

Percorri rios e vales durante a noite, jantei em restaurantes fabulosos, dancei em danceterias que nunca tinha visto, conversei com pessoas fenomenais e acordei pela manhã ainda cedo bem disposto e alegre.

Comi uns figuitos, arrumei meu saco de plástico e pus-me á estrada. Fui tomar café a Vila Real de Santo António, na vinda tomei um banhito de mar en Cabanas de Tavira, passei por algumas daquelas pessoas cobertas com lençóis, uns a pé e outros montados nos cavalos marrecos (nunca tinha visto cavalos com patas tão grandes) e bem na rotunda de Conceição de Tavira/Cabanas de Tavira na estrada nacional 125 tomei um cafézinho na esplanada de frente para o campo de golf.

Regressei a casa, desta vez não segui o conselho do sr ministro, e cheguei em 2 horas e meia.

Valeu a simpatia das pessoas na Quinta do Restinga, O Apartamento, Os figos... estas são as outras coisas. Tudo o resto são Palermices!!!

Site da Quinta do Restinga:
http://www.quintadorestinga.com/

2 comentários:

  1. Flamingas?????? Credo...

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  2. De tanga?????
    Bem me parecia que havia um novo Zezecamarinha......

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